quarta-feira, maio 29, 2002

Atualizado em 03/06/02

SÁBADOS ENGHAW'S
EPISÓDIO 2: JOÃO PESSOA - PB


EPÍLOGO:

Estou me lembrando agora de nossos últimos momentos em João Pessoa: 7 Enghaws espremidos dentro de um táxi em plena madrugada pós-show, a caminho da rodoviária. A conversa que rolava era sobre o show, sobre a viagem... Momentos que ficam na memória e que só quem esteve lá poderá saber da importância de viver tudo aquilo. Nós aqui escrevemos para tentar expressar o que preferíamos compartilhar com todos. As cenas ficam passando em nossa mente: cada detalhe, cada emoção... que não podemos guardar e não conseguimos contar.

A viagem para João Pessoa foi o que de melhor poderia ter sido. Diferente do que ocorreu em Mossoró, lá podemos contar com uma grande turma reunida de 5 estados diferentes do Nordeste: Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco e Bahia. Tudo combinado durante a semana que antecedeu o show através do nosso novo canal de comunicação virtual: a lista de discussão [enghawnordeste].


PARTE 1: ANTES

Aqui em Fortaleza, o nosso sábado começou algumas horas antes, na noite de Sexta-feira, quando saímos todos juntos rumo a João Pessoa. A nossa animação começou ali mesmo na rodoviária quando resolvemos fazer do ônibus um verdadeiro bar: vinhos, cervejas e tira-gostos na balada mais tosca de Sexta à noite ao som de Engenheiros do Hawaii tocados em nossos discmans.

Piadas, histórias, risos e brincadeiras... Nossa turminha enghaw de Fortal já está bem acostumada a viver junta pelo sentimento que conseguimos definir como "o prazer da companhia".

A madrugada chegou e com ela alguns adormeceram, outros não. E eu me lembro de ter me acordado já quando o chegamos em João Pessoa. Fomos os primeiros forasteiros enghaws a chegar na capital paraibana. E fomos direto para a casa da hospitaleira Anna Oliveria que teve a coragem de receber estes cearenses em sua casa. E eu tive o prazer de rever a ela e sua família feliz já conhecido por mim desde o Luau Enghaw em Fevereiro deste ano.

Rapidamente as horas passavam e após os merecidos banhos e rangos fomos novamente para a rodoviária recepcionar os outros viajantes enghaws que estavam pra chegar... Grande abraço de saudade entre eu e Maíra, a cada dia mais irmãs, mais unidas...Ainda na rodoviária. quem era de fora veio chegando e já se "aproxegando". Quem não se conhecia foi logo se apresentando e acabaram-se as formalidades (se é que elas existiam, hehe).

E todos juntos, fomos almoçar. Antes uma passada rápida na casa do "Galeguinho" para suas hóspedes Maíra e Íris montarem o seu Q. G. E na ida definitiva ao Shopping Manaíra, tomamos uma carona inusitada na carroceria de um pick-up que atravessou nosso caminho. Economizamos alguns minutos de caminhada e registramos tudo em fotos!

No Shopping, local definido para o encontro com todos os nordestinos passageiros clandestinos dos (10.001) destinos da nação, novos amigos chegavam e finalmente almoçamos. Mais alegrias, mais fotos, mais felicidade... No fim, a turma toda decide ir à praia, não tão próxima ao shopping mas decidimos fazer o percurso mesmo a pé, pra curtir o calor dos trópicos naquela capital nordestina. E quando paramos para ver o mar, sentamos, conversamos, nos conhecemos melhor e até improvisamos um "jogo da verdade" com a nossa Loira Jornalista detonando em suas perguntas picantes! As verdades pereceram nos deixar mais próximos, mais cúmplices.

A lua despontava no céu e alguns de nós já se maravilhavam com sua figura cheia sendo ainda claro o dia. E tiramos mais outras fotos ao luar... Porém aquilo também anunciava que as horas estavam passando e deveríamos cuidar de irmos já para o show de logo mais à noite.

Nos dividimos. Alguns foram para a casa do Galeguinho se arrumarem para irem à passagem de som. Outros foram para a casa da Anna, descansarem para irem mais tarde para o show e outro pequeno grupo foi para o hotel tentar o contato com os ídolos. E foi a eles quem eu me juntei: Anna, André, Sérgio, David, Adriana e Eu.

PARTE 2: DURANTE

Uma maratona para descobrirmos o hotel em que "os caras" estavam. Até que encontramos e fomos direto para lá. Tediosa espera até que algum integrante da banda desse um sinal de vida... Mas nessa expectativa, algo me dizia que emoções fortes estariam por vir.

Lembrei-me de certa vez num show em Sobral - CE, primeiro show que assisti com essa nova formação, onde fomos ao hotel tentar falar com a banda e eu fiquei mais na minha, nem me aproximei porque tive um certo receio em chegar mais perto. O local estava muito tumultuado e eu não quis atrapalhar as coisas ainda mais... Mas daquela, vez em João Pessoa, éramos apenas seis fãs. Se não tivéssemos ido ali, não haveria mais ninguém... Talvez as coisas fossem mais tranqüilas.

E foram. Foi a primeira vez em que eu consegui um contato tão tranqüilo com a banda. Primeiramente os três músicos: Gláucio, Paulinho e Bernardo juntamente com o pessoal da Produção. Fotos, autógrafos, elogios... Eu conversando com Paulinho sobre a palheta que ele não conseguiu me dar no show em Mossoró, uma semana antes. E ele dizendo que se lembrava de mim. E me prometendo que naquele show me daria a palheta sim, caso me encontrasse... Bernardo sendo o nosso fotógrafo na hora em que nos juntamos todos, inclusive a com a Produção para as fotos históricas. Mas faltava o Gessinger e este veio logo em seguida, meio apressado já. Olhando para nós e falando monossílabos "Valeu, valeu!". E nem todos conseguimos a foto ao lado dele...

Rapidamente, a Van se foi para o local do show onde os músicos iriam fazer a Passagem de Som. Quem já estava lá eram outros fãs: Maíra, Íris e mais uma galerinha que também tiveram seus momentos de emoções ao lado dos ídolos! Mas nós resolvemos voltar pra casa. Agora a missão era trocar de roupa e irmos ao show, finalmente!

E foi o que fizemos sem perder tempo. Chegamos no Iate Clube e nos juntamos a outros Enghaws paraibanos, recifenses, natalenses, fortalezenses... Todos se reencontraram! Éramos muitos, até nos perdíamos entre tantos rostos conhecidos. Estávamos em casa!Logo antes de se iniciar o show nos surpreendemos com o tamanho do palco: mais baixo que nossa cintura. Seria ali mesmo que a banda iria se apresentar? Sim! Então ficamos mesmo por ali, para garantir nosso lugar bem na frente do palco. Se não fosse o cordão de seguranças em nossa frente, nossa visão iria ser mais do que privilegiada... Mas não deixou de ser bom ter a banda ali tão perto.

Fotos, fotos e mais fotos... Como dissemos lá: "Cada Enghaw é um FLASH!" A turma na maior animação esperando ansiosa o início do show. Não demorou muito! Por volta da uma da madrugada, a banda foi apresentada e fez o show emocionante como sempre...As músicas do novo cd estão perfeitas! Emendar "3ª do Plural" com "Toda Forma de Poder" para iniciar o Set List é uma grande sacada. O repertório só mudou de Mossoró porque "Nau à Deriva" foi substituída por "Ando Só", de resto as mesmas músicas... Mas com emoções totalmente diferentes. Eu não me sentia no mesmo show da mesma banda da semana anterior.

Os momentos mais legais foram em duas músicas:

"Pra Ser sincero", onde toda a platéia cantou junta aquele costumeiro "Ô Ô Ô Ô"... E eu vi o Gláucio levantando-se lá da bateria, chamando atenção do público colocando as mãos para o alto... Já não sabíamos se ele nos acompanhava ou nós acompanhávamos ele, no ritmo da música. E no solo final, Humberto com os olhos fechados e nós também fechando os olhos e sentindo a música... Transe Tribal. E quando tudo acabou eu vi uma garota sendo carregada lá da frente, ela parecia em estado de choque, não tirava os olhos do Humberto, mesmo sendo carregada. Seus olhos arregalados para o palco... Uhuuuuuuu!

E em "Ando Só" foi a euforia total da galera!! Não sei porque todos os Enghaws se identificam com essa música. Talvez porque conseguimos andar só como um pássaro voando, ou como se voasse em bando... Todos juntos ali curtindo a mesma emoção, o mesmo show, a mesma banda, mas cada um ao seu modo... Sós... Pois só nós sabemos andar sem saber até quando...

Fim de Show... Paulinho Galvão vem até mim. Várias mãos estendidas pedindo a palheta dele. Mas então ele próprio procura minha mão, abre, me dá a palheta, e fecha segurando-a firme. Yeah! A palheta do Paulinho era minha! Fora isso, Fabiano ganhou a palheta do Humberto e Bruno Galeguinho pegou a baqueta do Gláucio... Foi a noite dos premiados!! :-)

No camarim, depois que o Gessinger foi embora, o acesso ficou praticamente livre para todos os fãs que quisessem compartilhar de momentos próximos aos músicos. Os três são um poço de simpatia... Companheiros, camaradas. E isso não é só com as gurias, não... Com os caras, também. Com todos. Master, Márcio... Estavam todos muito bem humorados ali. Conversamos muitos sobre ser fã dos Engenheiros do Hawaii, sobre a internet, sobre a lista de discussão, sobre o Encontro Enghaw...

E ao ir embora. Fui até o Paulinho agradecer meu presente. Disse a ele que eu estava aprendendo a tocar violão e aquela palheta iria me ser muito útil, heheh. E ele gostou de saber que eu pretendia usar a palheta e não guardá-la apenas. Me despedi dele com um fraterno abraço dizendo-lhe "Muito Obrigada!" E ele: "Muito de nada!" todo sapeca, hehe.

Mas era chegada a hora... Nós de Fortaleza tivemos que ir embora, reencontrar os amigos. Nos despedirmos e ir direto para a rodoviária pegar o ônibus que sairia logo mais às cinco da manhã.

Últimos momentos, últimas fotos, últimos abraços... Saudades.


PARTE 3: DEPOIS

Quanto tempo faz? Uma semana atrás?

E assim foi mais um Sábado Enghaw! Momentos marcantes, muita felicidade e só coisa boa pra lembrar.

E não paramos por aqui. Uma pausa para descansar no Sábado, dia 01/06. Mas voltamos logo a ativa no show aqui em nossa cidade. Fortaleza recebe Engenheiros do Hawaii de braços abertos. É capaz deles já estarem por aqui hospedados. O show será no próximo Sábado e lá estaremos nós, os Enghaws de Fortal, na grade, frente a frente com os nossos ídolos, curtindo mais uma emoção diferente e encerrando com chave de ouro esses Sábados curtidos ao som de muita Engenharia Hawaiiana.

Aguardem os próximos relatos com as novas emoções!

E obrigada pela paciência de esperar até hoje, e de lerem até aqui.

Beijão para vocês!

quinta-feira, maio 23, 2002

SÁBADOS ENGHAW'S
EPISÓDIO 1: MOSSORÓ - RN


Sábado é dia de folga no trabalho
Sábado é dia de encontrar os amigos
Sábado é dia de passear, quem sabe até fazer uma viagem
Sábado é dia de sair na balada, quem sabe um show, quem sabe ver a sua banda preferida!

E juntando tudo isso: folga no trabalho + encontrar os amigos + uma viagem + show EngHaw temos o que podemos chamar de "gostinho da felicidade".

E logo na manhãzinha deste último Sábado já estávamos na rodoviária 10 Enghaws rumo a Mossoró - RN, onde haveria o 2º Show da Turnê Nordeste dos Engenheiros do Hawaii. No ônibus, 4 horas que voaram enquanto todos curtíamos a amizade enghaw já experiente de outras viagens: risos, histórias, piadas, brincadeiras e expectativa para o show da noite.

A turma, que havia se separado em 2 ônibus de empresas diferentes, mas que partiram e chegaram praticamente no mesmo horário, reencontrou-se já na Pousada em Mossoró, a mais tosca da cidade por sinal, com o nome de "Zenilândia", era de se esperar... Cada um acomodou-se da maneira como preferiu. E 5 dos 10 Enghaws conseguiram sobreviver a um cubículo de 3 x 3 metros, 2 camas e uma rede. Sem falar no banheiro coletivo. Mas como éramos os únicos hóspedes naquela situação, o banheiro coletivo era só nosso mesmo! Hehe. Bem... Aquilo era luxo para os 4 amigos Adriana, Eliézio, Fabiano ei Luiz David que estiveram em Ipu (eu não estive porque estava fazendo prova do Vestibular no mesmo dia do show) e dividiram entre 9 pessoas o quartinho com um banheiro cuja porta era a bandeira 10.001 destinos inteligentemente aproveitada para tal função.

"Causos" do passado à parte, ficamos sabendo que o show se realizaria num local chamado "Palácio do Forró" com a participação da "Banda Caras". Os jornais noticiavam a festa como um provável recorde de público e diziam: "Vai faltar chão!!". E após um banho merecido, fomos andar pela cidade para comprar os ingressos e almoçar. À noite ainda rolou uma cervejinha na praça de alimentação de um shopping enquanto assistíamos ao jogo Brasil 3 x 1 Catalunha. Fomos à Passagem de Som e até conseguimos entrar, sim. Mas, como Adriana já citou aqui, logo que a banda chegou, tivemos que sair porque esse tal de Arnaldo não queria ninguém no local... E lá fomos nós de volta à Zenilândia nos aprontarmos para o show.

O que mais esperávamos, o motivo de estarmos ali. A noite esperada, a hora esperada: Show dos Engenheiros do Hawaii. Entramos no Palácio de Forró onde ainda rolava a tal "Banda Caras" e nos posicionamos estrategicamente na frente do palco principal onde dali alguns minutos teríamos o show EngHaw. David e suas duas bailarinas, Lediana e Adriana, ainda deram um show de dança pra ninguém botar defeito (quem visse, nem diria que éramos enghaws, hehe).

Mas logo é chegada a hora. Os forrozeiros se transformaram em rockeiros para curtirem o show recorde de público naquela cidade. Repertório iniciado com 3ª do Plural como de costume e o destaque vai para a turma mossoroense que cantaram, não só essa, como todas as músicas do novo cd da banda. E destaque maior que esperado para o próprio Humberto Gessinger com sua barba já com uns 10 cm feitos em uma trança e sua maquiagem com lápis de olho e sombra verdes. Surpreendeu os mais desavisados e até nós que já tínhamos visto as fotos que já rolaram por aí na internet.

O show foi marcado por muito tumulto, rodas de briga, gente tentando invadir o palco e muito empurra empurra. Mas eu e Adriana não tínhamos do que reclamar pois fomos muito bem protegidas pelos nossos companheiros de quarto e guarda-costas Eliézio, Fabiano e David.

E para nós, fãs de fé, muitas viagens nas canções. As antigas, as novas, as do novo cd... Em "Pra Ficar Legal" os companheiros do quarto mais tosco da Zenilândia: Eliézio, Fabiano, David, Adriana e Lediana, nos procuramos, nos abraçamos e ficamos dançando juntos durante toda a música. Um silêncio mágico pairando no público e na banda antes de ser cantada a frase "Sentir com inteligência, pensar com emoção" em "Esportes Radicais" e Infinita Highway curtida por mim lá de cima, nos ombros de David e Adriana ao meu lado, nos ombros de Fabiano. Demos as mãos e estávamos bem de frente para Humberto que parecia cantar só para nós duas.

No bis, uma versão de "Rádio Pirata" onde foi inserida "Alívio Imediato", "Sopa de Letrinhas" e alguma outra que não estou lembrada. E terminava voltando ao refrão da primeira música: "Toquem o meu coração. Façam a Re-vo-lu-ção"!!!!!

Fim de show. Restava a nós voltarmos à Zenilândia, dormir, descansar e ir pra casa no dia seguinte.

Chegamos em Fortaleza na tarde de domingo. Em casa eu joguei a mochila num canto e deitei. Acordei hoje para iniciar a semana e esperar o próximo sábado onde teremos novamente:

Folga no trabalho
Encontro com os amigos
Uma viagem (para João Pessoa desta vez)
E mais um tão esperado Show EngHaw

Não percam o próximo Episódio da Série Sábados Enghaw's! "Johnny People" aqui vamos nós. Nos aguardem!!!! É ENGHAW na veia!!!!!!!

Beijos,

Lediana viciada (prestes a ter uma overdose)

quinta-feira, maio 16, 2002

Olha só o que girava em minha mente em 18/02/02:

"Devo continuar sendo quem eu sou. Não devo mudar. Nem para me adequar ao mundo ao redor, e nem para me adequar à minha própria vontade de mudar. Porque nada acontece de forma brusca. Tudo é uma evolução natural. E cabe a mim observar este mundo e me agregar a ele, indo junto com ele de maneira natural...

Acho que está na hora de parar um pouco e seguir a rotina... Sem expectativas, sem impulsos. Sem tentar querer o que eu não quero. Aliás, sem tentar nada, apenas ir vivendo acompanhando o mundo e seus mistérios diários, fazendo cada momento valer à pena. E buscar o equilíbrio atravéz disso"

É... Parece que sou uma metamorfose ambulante, mesmo. E eu quero dizer agora o oposto do que eu disse antes:

Lediana! Tá na hora de mudar!

Bem, passada aquela euforia da Auditoria onde todos os holofotes são direcionados à área da Qualidade (e consequentemente à minha pessoa), as coisas "voltaram ao normal" por aqui no trabalho.

Não adianta! Estou realmente muito desestimulada com meu trabalho. E nem devo falar mal da chefia... É questão de desmotivação mesmo!!

Adoro a área onde eu atuo, meu lugar conquistado aqui dentro, a confiança depositada em mim... Enfim.

Mas o certo é que aqui não dá mais. Já aprendi o que tinha que aprender já rendi o que era sufuciente... Já estressei, já desencanei. Acho que o tempo para eu dividir com esta empresa já se foi...

"É chato chegar a um objetivo num instante
Eu quero viver nessa metamorfose ambulante
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo
Sobre o que é o amor
Sobre o que eu nem sei quem sou
Se hoje eu sou estrela amanhã já se apagou
Se hoje eu te odeio amanhã lhe tenho amor
Lhe tenho amor, lhe tenho horror, lhe faço amor, eu sou um ator
Eu vou desdizer aquilo tudo que eu lhe disse antes"


Raul Seixas me dava a razão!

segunda-feira, maio 13, 2002

É....

Bom, pessoal

Já deu pra perceber que eu não vou falar de festa nenhuma, né?

Não que a festa não merecesse ser comentada. Foi muito boa, aliás, talvez a melhor de todas!

E justamente por isso, por ter acontecido tanta coisa e ter sido tão boa, tá difícil comentar sobre ela. Sem falar que já faz um tempinho que ela aconteceu, então a memória já esqueceu dos detalhes mais "sórdidos" (hehehe).

E a vida continua...

Tô me sentindo meio inutil. Percebo que eu preciso agir mais, fazer mais. Sempre mais do que já faço. Cuidar de mim, da minha casa, do meu trabalho, da minha vida...

O tempo não pára. E, essa semana que se inicia, tomara que simbolize um novo ciclo pra mim, mais uma evolução... Porque já estou naquela fase em que vem um "anjinho" (ou seria o "diabinho"?) em certos períodos do ano, dizendo:

- Lediana! Tá na hora de mudar!

E é isso! Sem precisar saber para onde vou, só precisando ir... Vou seguir o que meu inconsciente tá dizendo.

Primeira estrela à direita, rumo ao amanhecer...

Beijos a todos!

PS: Tô com um poema pra terminar. Primeira vez que fico nessa falta de inspiração pela última estrofe. O poema tá lindo, mas tá sem final... Tomara que não se perca!

terça-feira, maio 07, 2002

O DIA DO LÁPIS

Em Fortaleza, a minha "tribo" é uma galerinha que tem algumas coisas em comum. Mas o principal elo que nos une chama-se MÚSICA... ROCK'N ROLL para ser mais precisa.

É uma turma que aumenta a cada dia graças à nossa predisposição em nos encontrarmos sempre que possível, em se preocupar em manter a amizade. E graças também às festas e reuniões que organizamos no nosso "Quartel General" que, por coincidência, é a minha casa.

Em tempo: como a casa é minha e eu sou uma EngHaw, nós a chamamos de BIG CASA ENGHAW (para satisfazer à vontade da anfitriã, hehe), embora nem todos os seus freqüentadores sejam "fãs de fé"... Mas admiram a banda de alguma forma

(admirar de alguma forma = não falar mal).


Eu já perdi as contas de quantas festas já fizemos lá. Rock no Carnaval, Semana Santa Enghaw, Ressacas pós Shows, Níver's Enghaw... Enfim. Mas algo estava errado: estávamos em jejum de festas simplesmente porque faltava-nos motivos. Nenhuma data comemorativa, nenhum aniversário... Nada.

Mas eis que Marcelo, baixista do Coda, soluciona este problema. Numa de nossas conversas sobre que motivo teríamos para festa ele fala de um tal DIA DO LÁPIS. Reza a lenda que este feriado é transitório. E pode ser comemorado em qualquer dia, qualquer hora, qualquer lugar...

Perfeito. Foi então que, num senso comum, institucionalizamos o DIA DO LÁPIS como sendo o primeiro sábado de cada mês, podendo ser antecipado ou adiado de acordo com a decisão de seus "sócios-fundadores".

E para inaugurar as comemorações, resolvemos fazer a FESTA DO PIJAMA onde todos os convidados deveriam vir devidamente trajados da mesma forma como dormiam.

E foi assim realizada neste último sábado, dia 04/05/2002, a FESTA DO PIJAMA EM COMEMORAÇÃO AO DIA DO LÁPIS - EDIÇÃO: MAIO/ 2002.

E é sobre ela que falarei em meu próximo post. Aguardem...

sexta-feira, maio 03, 2002

Seja você mesmo...


Em menos de uma semana, algumas coisas podem acontecer. Marcantes ou não, os fatos podem dar uma mudada no cenário da vida.

E enquanto não me falha a memória, vou registrar aqui as coisas que aconteceram desde meu último post.

Há uma música de Gabriel o Pensador que podemos usar como pano de fundo para isso que estou escrevendo agora. Chama-se "Masturbação Mental" (Faixa nº 06 do CD "Seja Você Mesmo Mas Não Seja Sempre o Mesmo"). Na minha interpretação essa música fala da vida como ela é: uma constante evolução. Você tem mais é que se adaptar às mudanças.


* Os textos escritos em azul são trechos da música.


"Eu tô aqui à toa sem saber qual é a boa sem saber aonde eu vou (achar algum remédio, que faça algum efeito contra a falta de respeito e dê um jeito nesse tédio) Alguma vitamina, que force uma mudança nessa falta de assunto e dê um break na rotina."

Nesse fim de semana, a Turma Enghaw de Fortal se encontrou na Boate Fabbrica 5 para assistir ao Show da Banda Coda. A novidade era o amigo Daniel - Enghaw de São Paulo que veio para Fortaleza em férias e a trabalho também. Conhecemos ele virtualmente através da Lista Enghaw e tivemos o prazer de convidá-lo e encontrá-lo na boate. O legal foi que ele conheceu boa parte da turma de uma só vez!


"A vida continua e agora eu tô a mil! Agora eu sou mais eu! Você que eu não vou ser. Mas pra ter liberdade de verdade eu aprendi a desaprender o que só me prendia. A mente é livre, livre mente, a gente é livre, Deus me livre dessa rebeldia que fala e não diz nada."

Enquanto tudo vai bem na Turma "Real" Enghaw de Fortal, a Turma "Virtual" Enghaw Nacional está em polvorosa. As listas de discussão - Enghaw e Caldeirão Enghaw - estão fazendo juz a essa definição "discussão". Percebo stress's no ar. De todas as partes: Fulano com Beltrano, Beltrano com Ciclano e Ciclano com o mundo...

Vendo isso, resolvi dar um "stand by" nessas listas. Ficar silenciosa para não me envolver. Enquanto alguns sabem levar isso na paz: discutir, alfinetar e depois ficar tudo bem... Eu não consigo fazer assim. Por isso prefiro ficar aqui, só de espectadora vendo a borboleta bater as asas e o vento virar violência... E a poeira baixar depois.

Ao mesmo tempo que isso, a paz reina nas listas Enghaw Nordeste e Enghawnet - PB. Estamos na expectativa da Turnê Nordeste dos Engenheiros do Hawaii e esse fato parece uma corrente invisível que nos une cada vez mais.


"Amanhã não sei. Bola de cristal nunca funcionou comigo porque eu não consigo fazer tudo sempre igual, a não ser que eu tente. Só que eu nunca tento sempre invento um movimento cada vez mais diferente. Não que eu só acerte, mas errar também faz parte e eu não vou ficar inerte."

E quando eu menos esperava, eis que meu computador chegou em casa. A verdade é que me avisaram que chegaria na próxima semana. Então resolvi ter paciência e esperar. Fiz até contagem regressiva. E me surpreenderam! Quando eu achava que faltavam 9 dias, Luciana me liga, de casa dizendo:

- Lediana! Chegou o computador!

Beleza! Mas o "tão esperado" me trouxe um problema: horas e horas na internet madrugada adentro sem a mínima intenção de ir dormir para começar bem no dia seguinte.

Mas vamos ser tolerantes... Afinal, faz tanto tempo que eu queria ter um computador conectado à internet. De primeiro eu tinha o computador mas não tinha o telefone. Depois o telefone chegou mas o computador já tinha ido pro espaço. E agora sim... Tô com o micro "zero bala" conectado ao mundo!

Ok, ok. Na terça-feira cheguei na Cemec na hora do almoço, somente. É que tinha preferido dormir a ter que ir trabalhar sonolenta. Perdi as horas, levei bronca do chefe... Mas ainda tenho um estoque de desculpas convincentes (hehe). E no fim deu certo.

Sei e reconheço que terei que me organizar melhor, distribuir bem os horários e me disciplinar. Mas, por enquanto, estou dando uma trégua a mim mesma...

Mas, por exemplo, hoje estou aqui na empresa: cheguei cedo mesmo tendo ido dormir às 4 da manhã. Tudo é só uma questão de tempo para que eu adquira o hábito.


"Não reclamo do azar porque o azar às vezes vem trazendo sorte"

É. E pela terceira vez nessa Fortaleza fui vítima de uma tentativa de assalto. Quer dizer, foi um "semi-assalto" porque senti todos os traumas e lamentações de um assalto mas no fim não me levaram nada.

Explicando...

Terça-feira a noite. Mais um show agendado da Banda Coda lá no Ciclo Burger. E parte daquela turma que se encontrou no Sábado resolveu ir até lá também.

Alguns contratempos desencontros e horas perdidas me fizeram sair de casa, sozinha, por volta das 22h. O clima mórbido da rua me dava um estranho pressentimento. Mas mesmo assim eu resolvi subir no ônibus determinada a ir até o Ciclo Burger àquela hora da noite.

Quando fui passar na roleta, retirei a carteira da bolsa para tirar o dinheiro e a carteira de estudante para pagar a passagem. Tinha um cara logo atrás de mim que realizou um movimento suspeito, aproximando a mão dele de minha bolsa. Era uma bolsinha pequena, a tira colo onde só cabia o celular e a carteira.

Percebendo isso, ainda parada na roleta, eu peguei a bolsa e passei ela para o outro lado na intenção de demonstrar ao cara que eu estava ligada em seus movimentos.

Mesmo assim, ele não desistiu. Depois de um rápido intervalo de tempo, ele puxou a minha bolsa. Houveram alguns segundos de concorrência, onde eu puxava de um lado e ele do outro. Mas ele ganhou a "disputa" levando a bolsa... A carteira ainda estava na minha mão. Só que ele tava levando o celular. E desceu pela porta de trás no mesmo momento em que o ônibus parou.

Meu impulso instantâneo foi o de descer também. E foi o que fiz: saí correndo atrás dele gritando:

- Não! Não! Não!

Pensei comigo: "Uma hora ele vai se cansar de tanto correr. Sigo ele até onde alguém possa ajudar". Sempre havia um carro de Polícia por ali, naquela região. Talvez eu tivesse a sorte...

Mas o cara estava com outros 2 amigos que desceram também, logo atrás de mim. Eles sim foram a minha "sorte" porque gritavam para ele parar, perguntando o que é que ele estava fazendo...

E a cena ficou assim: um ladrão correndo no meio da rua com minha bolsa; eu atrás dele, correndo também gritando repetidamente uma única palavra: "Não!"; e os amigos dele atrás de mim gritando também: "Que é isso, cara! Que é que tu tá fazendo!?"

E... Num momento ele parou. Baixou a cabeça, deu meia volta. Eu parei também e passei a caminhar em direção a ele. Dessa vez eu falava outra coisa, também repetidamente:

- Por favor! Por favor!

Por um instante, cheguei a pensar que eu estava "ferrada". Que tudo era uma encenação dos três e na verdade eles poderiam fazer algo do tipo levar a carteira também, que ainda estava na minha mão, ou até coisas piores...

Mas não. O cara se aproximou de mim pedindo desculpas. E o diálogo prosseguiu assim:

- Pô... Desculpe. Eu não sei onde eu estava com a cabeça...

- Oh! Eu agradeço... E peço desculpas também.

Os amigos dele também vieram pedindo desculpas... Que isso não era para ter acontecido... E eu respondi:

- Sabe o que é, cara. A gente trabalha, junta o nosso dinheiro para comprar nossas coisas... E não dá pra deixar acabar assim...

Vejam só: eu me justificando para os caras o motivo pelo qual eu corri atrás deles em busca de recuperar meu celular!

Ironia do Destino. Azar. Sorte. Não sei... O que sei é que esse fato me fez voltar para casa na mesma hora. E eu liguei pra todo mundo avisando que não iria mais para o Show. Contei essa mesma história mais umas três vezes por telefone.

Então fiquei em paz. Importava era que tudo estava bem. E, sabendo que a internet é muito mais segura do que a vida lá fora, conectei e fiquei no icq com os amigos da madrugada. Quarta-feira seria feriado e então eu poderia ficara até altas horas sem culpa.


"Ouvi dizer que a vida recomeça a cada dia e aprendi a dar risada"

E a vida continua... O feriado do dia do trabalhador foi muito bom. Deu pra descansar, curtir o computador... Ficar em casa.

No mais, tem festa enghaw programada para o próximo fim de semana: FESTA DO PIJAMA COMEMORANDO O DIA DO LÁPIS. Bom, sobre isso é melhor contar depois que tudo acontecer...


...Mas não seja sempre o mesmo

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Em tempo:

No CD, antes da música "Masturbação Mental" iniciar, passa a gravação de um telefonena atendido pelo Gabriel onde ocorre o seguinte diálogo:

- Ô, Gabriel! Cê tá mudando as suas músicas?
- Não. Eu tô musicando as minhas mudanças...


Acho que vou parafrasear isso pra mim:

- Ô, Lediana! Cê tá mudando o seu blog?
- Não. Eu tô blogando as minhas mudanças...