sexta-feira, maio 03, 2002

Seja você mesmo...


Em menos de uma semana, algumas coisas podem acontecer. Marcantes ou não, os fatos podem dar uma mudada no cenário da vida.

E enquanto não me falha a memória, vou registrar aqui as coisas que aconteceram desde meu último post.

Há uma música de Gabriel o Pensador que podemos usar como pano de fundo para isso que estou escrevendo agora. Chama-se "Masturbação Mental" (Faixa nº 06 do CD "Seja Você Mesmo Mas Não Seja Sempre o Mesmo"). Na minha interpretação essa música fala da vida como ela é: uma constante evolução. Você tem mais é que se adaptar às mudanças.


* Os textos escritos em azul são trechos da música.


"Eu tô aqui à toa sem saber qual é a boa sem saber aonde eu vou (achar algum remédio, que faça algum efeito contra a falta de respeito e dê um jeito nesse tédio) Alguma vitamina, que force uma mudança nessa falta de assunto e dê um break na rotina."

Nesse fim de semana, a Turma Enghaw de Fortal se encontrou na Boate Fabbrica 5 para assistir ao Show da Banda Coda. A novidade era o amigo Daniel - Enghaw de São Paulo que veio para Fortaleza em férias e a trabalho também. Conhecemos ele virtualmente através da Lista Enghaw e tivemos o prazer de convidá-lo e encontrá-lo na boate. O legal foi que ele conheceu boa parte da turma de uma só vez!


"A vida continua e agora eu tô a mil! Agora eu sou mais eu! Você que eu não vou ser. Mas pra ter liberdade de verdade eu aprendi a desaprender o que só me prendia. A mente é livre, livre mente, a gente é livre, Deus me livre dessa rebeldia que fala e não diz nada."

Enquanto tudo vai bem na Turma "Real" Enghaw de Fortal, a Turma "Virtual" Enghaw Nacional está em polvorosa. As listas de discussão - Enghaw e Caldeirão Enghaw - estão fazendo juz a essa definição "discussão". Percebo stress's no ar. De todas as partes: Fulano com Beltrano, Beltrano com Ciclano e Ciclano com o mundo...

Vendo isso, resolvi dar um "stand by" nessas listas. Ficar silenciosa para não me envolver. Enquanto alguns sabem levar isso na paz: discutir, alfinetar e depois ficar tudo bem... Eu não consigo fazer assim. Por isso prefiro ficar aqui, só de espectadora vendo a borboleta bater as asas e o vento virar violência... E a poeira baixar depois.

Ao mesmo tempo que isso, a paz reina nas listas Enghaw Nordeste e Enghawnet - PB. Estamos na expectativa da Turnê Nordeste dos Engenheiros do Hawaii e esse fato parece uma corrente invisível que nos une cada vez mais.


"Amanhã não sei. Bola de cristal nunca funcionou comigo porque eu não consigo fazer tudo sempre igual, a não ser que eu tente. Só que eu nunca tento sempre invento um movimento cada vez mais diferente. Não que eu só acerte, mas errar também faz parte e eu não vou ficar inerte."

E quando eu menos esperava, eis que meu computador chegou em casa. A verdade é que me avisaram que chegaria na próxima semana. Então resolvi ter paciência e esperar. Fiz até contagem regressiva. E me surpreenderam! Quando eu achava que faltavam 9 dias, Luciana me liga, de casa dizendo:

- Lediana! Chegou o computador!

Beleza! Mas o "tão esperado" me trouxe um problema: horas e horas na internet madrugada adentro sem a mínima intenção de ir dormir para começar bem no dia seguinte.

Mas vamos ser tolerantes... Afinal, faz tanto tempo que eu queria ter um computador conectado à internet. De primeiro eu tinha o computador mas não tinha o telefone. Depois o telefone chegou mas o computador já tinha ido pro espaço. E agora sim... Tô com o micro "zero bala" conectado ao mundo!

Ok, ok. Na terça-feira cheguei na Cemec na hora do almoço, somente. É que tinha preferido dormir a ter que ir trabalhar sonolenta. Perdi as horas, levei bronca do chefe... Mas ainda tenho um estoque de desculpas convincentes (hehe). E no fim deu certo.

Sei e reconheço que terei que me organizar melhor, distribuir bem os horários e me disciplinar. Mas, por enquanto, estou dando uma trégua a mim mesma...

Mas, por exemplo, hoje estou aqui na empresa: cheguei cedo mesmo tendo ido dormir às 4 da manhã. Tudo é só uma questão de tempo para que eu adquira o hábito.


"Não reclamo do azar porque o azar às vezes vem trazendo sorte"

É. E pela terceira vez nessa Fortaleza fui vítima de uma tentativa de assalto. Quer dizer, foi um "semi-assalto" porque senti todos os traumas e lamentações de um assalto mas no fim não me levaram nada.

Explicando...

Terça-feira a noite. Mais um show agendado da Banda Coda lá no Ciclo Burger. E parte daquela turma que se encontrou no Sábado resolveu ir até lá também.

Alguns contratempos desencontros e horas perdidas me fizeram sair de casa, sozinha, por volta das 22h. O clima mórbido da rua me dava um estranho pressentimento. Mas mesmo assim eu resolvi subir no ônibus determinada a ir até o Ciclo Burger àquela hora da noite.

Quando fui passar na roleta, retirei a carteira da bolsa para tirar o dinheiro e a carteira de estudante para pagar a passagem. Tinha um cara logo atrás de mim que realizou um movimento suspeito, aproximando a mão dele de minha bolsa. Era uma bolsinha pequena, a tira colo onde só cabia o celular e a carteira.

Percebendo isso, ainda parada na roleta, eu peguei a bolsa e passei ela para o outro lado na intenção de demonstrar ao cara que eu estava ligada em seus movimentos.

Mesmo assim, ele não desistiu. Depois de um rápido intervalo de tempo, ele puxou a minha bolsa. Houveram alguns segundos de concorrência, onde eu puxava de um lado e ele do outro. Mas ele ganhou a "disputa" levando a bolsa... A carteira ainda estava na minha mão. Só que ele tava levando o celular. E desceu pela porta de trás no mesmo momento em que o ônibus parou.

Meu impulso instantâneo foi o de descer também. E foi o que fiz: saí correndo atrás dele gritando:

- Não! Não! Não!

Pensei comigo: "Uma hora ele vai se cansar de tanto correr. Sigo ele até onde alguém possa ajudar". Sempre havia um carro de Polícia por ali, naquela região. Talvez eu tivesse a sorte...

Mas o cara estava com outros 2 amigos que desceram também, logo atrás de mim. Eles sim foram a minha "sorte" porque gritavam para ele parar, perguntando o que é que ele estava fazendo...

E a cena ficou assim: um ladrão correndo no meio da rua com minha bolsa; eu atrás dele, correndo também gritando repetidamente uma única palavra: "Não!"; e os amigos dele atrás de mim gritando também: "Que é isso, cara! Que é que tu tá fazendo!?"

E... Num momento ele parou. Baixou a cabeça, deu meia volta. Eu parei também e passei a caminhar em direção a ele. Dessa vez eu falava outra coisa, também repetidamente:

- Por favor! Por favor!

Por um instante, cheguei a pensar que eu estava "ferrada". Que tudo era uma encenação dos três e na verdade eles poderiam fazer algo do tipo levar a carteira também, que ainda estava na minha mão, ou até coisas piores...

Mas não. O cara se aproximou de mim pedindo desculpas. E o diálogo prosseguiu assim:

- Pô... Desculpe. Eu não sei onde eu estava com a cabeça...

- Oh! Eu agradeço... E peço desculpas também.

Os amigos dele também vieram pedindo desculpas... Que isso não era para ter acontecido... E eu respondi:

- Sabe o que é, cara. A gente trabalha, junta o nosso dinheiro para comprar nossas coisas... E não dá pra deixar acabar assim...

Vejam só: eu me justificando para os caras o motivo pelo qual eu corri atrás deles em busca de recuperar meu celular!

Ironia do Destino. Azar. Sorte. Não sei... O que sei é que esse fato me fez voltar para casa na mesma hora. E eu liguei pra todo mundo avisando que não iria mais para o Show. Contei essa mesma história mais umas três vezes por telefone.

Então fiquei em paz. Importava era que tudo estava bem. E, sabendo que a internet é muito mais segura do que a vida lá fora, conectei e fiquei no icq com os amigos da madrugada. Quarta-feira seria feriado e então eu poderia ficara até altas horas sem culpa.


"Ouvi dizer que a vida recomeça a cada dia e aprendi a dar risada"

E a vida continua... O feriado do dia do trabalhador foi muito bom. Deu pra descansar, curtir o computador... Ficar em casa.

No mais, tem festa enghaw programada para o próximo fim de semana: FESTA DO PIJAMA COMEMORANDO O DIA DO LÁPIS. Bom, sobre isso é melhor contar depois que tudo acontecer...


...Mas não seja sempre o mesmo

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Em tempo:

No CD, antes da música "Masturbação Mental" iniciar, passa a gravação de um telefonena atendido pelo Gabriel onde ocorre o seguinte diálogo:

- Ô, Gabriel! Cê tá mudando as suas músicas?
- Não. Eu tô musicando as minhas mudanças...


Acho que vou parafrasear isso pra mim:

- Ô, Lediana! Cê tá mudando o seu blog?
- Não. Eu tô blogando as minhas mudanças...