Que coisa meiga você é?

Às vezes, alto demais

Nem todo mundo vai entender, mas essa música é toda eu agora:

O PREÇO
gessinger

o preço que se paga às vezes é alto demais
é alta madrugada, já é tarde demais
pra pedir perdão
pra fingir que não foi mal
uma luz se apaga num prédio em frente ao meu
"sempre em frente" foi o conselho que ela me deu
sem me avisar que iria ficar pra trás
e agora
[eu pago os meus pecados
por ter acreditado que só se vive uma vez]
pensei que era liberdade
mas, na verdade, me enganei outra vez

o preço que se paga às vezes é alto demais
é alta madrugada, já é tarde demais
mais uma luz se apaga no prédio em frente ao meu
é a última janela iluminada
nada de anormal...amanhã ela vai voltar
enquanto isso
[eu pago os meus pecados
por ter acreditado que só se vive uma vez]
pensei que era liberdade
mas, na verdade, eram as grades da prisão

[eu pago os meus pecados
por ter acreditado que só se vive uma vez]
pensei que era liberdade
mas, na verdade era só solidão

UM DIA APÓS O OUTRO

Quinta-feira, 21/11/2002

Uma semana antes, eu estava me desculpando com o pessoal do Coda, dizendo que o show para onde eu estava indo naquele dia era como uma despedida, pois eu não pretendia mais ir a show deles durante a semana útil, para tentar priorizar outras coisas e não ficar deixando sono se acumular.

Mas nem eu mesmo sabia que um show dos meninos seria tão irresistível para mim. Não apenas pelo show, claro. Mas pelo prazer da companhia dos amigos, uma boa conversa e boas risadas também... Então lá estava eu na Boutique do Carro curtindo mais um show da minha banda cearense favorita.

E, durante o show, uma longa conversa entre eu e meu grande amigo Eliézio atou mais um laço em nossa amizade que está se tornando cada vez mais firme e sólida. Eu tenho orgulho pela honra e privilégio de ser amiga desse cara!


Sexta-feira, 22/11/2002

Uma noite como manda o figurino: uma aula bem light de Introdução à Engenharia com o único professor que se salva dentre o time que nos ensina. Chega dá gosto de prestar atenção. Logo depois uma calourada rolando ali mesmo no Campus.

Aula de Física? Oras! O próprio professor liberou a turma e ainda vimos ele lá pela calourada curtindo a festa também. Galerinha da minha sala toda reunida (como era de se esperar) curtindo o som da festa e umas bebidas. Mas um senso comum pairava na mente de todos: "festa melhor seria na BIG Casa..." Eu, como anfitriã, fiz o convite e lá fomos nós.

Um programinha básico de Sexta-feira à noite: conversar sobre a vida, nos conhecendo melhor e irmos nos tornando amigos um do outro. Eram essas as intenções daquela noite e nada decepcionou.

E para completar, depois que todos se foram, eu encontrei com o Guga na internet e o nosso papo se estendeu madrugada adentro. Fazia tempo que isso não acontecia. Sempre estávamos tendo que desconectar "cedo" por causa do sono ou mesmo somente a precisão de ir dormir, mesmo sem sono. Mas naquela noite, nós novamente conversamos por horas e horas e horas. Foi bom demais tê-lo comigo dividindo a madrugada.


Sábado, 23/11/2002

De manhã eu deveria ter ido trabalhar, mas antes disso, precisava ir ao Centro comprar um material para um trabalho que estou desenvolvendo na empresa. E minha procura demorou mais do que o planejado, e não deu tempo de voltar pela empresa. Então aproveitei para comprar outras coisinhas para mim e para a casa. Eu e minha irmã fazendo compras pelo Centro de Fortaleza. Sábado é dia disso mesmo: fazer compras de manhã, descansar à tarde e cair na balada à noite.

E Coda estava tocando no Armazém 47, lá na Praia de Iracema. O show era homenagem a Elvis Presley e Renato Russo (a única coisa em comum entre ambos, além do Rock in Roll, é o fato de estarem mortos). E fomos nós, mó galerinha, dançar na boate.

Sempre é bom rever as meninas: Adriana (que eu morro de saudades de encontrá-la todos os dias na Cemec), Jack, Regina, Nayra. Rever os meninos: Alexandre, Marcelo, Ivanildo, Jorge, Eliézio...

Antes de começar, logo que entramos na boate, recebemos óculos estilo Ray-ban (é assim que se escreve?) para entrar no clima do Elvis... E o show dele foi hilário. Muito bom pra dançar, pra curtir, pra esquecer do tempo e do espaço.

E o Coda também fez o show típico de boate. Bom pra gritar, cantar e se identificar com as músicas da Legião Urbana.

E um recado especial para o meu amigo Jorge: Obrigada pelos papos altamente cabeça antes, durante e depois dos shows regados à caipiroska de uva deliciosa do Armazém 47.

Chegamos em casa já era dia claro. E o que se tinha de fazer era apertar o botão "desligar" e ir dormir.


Domingo, 24/11/2002

Inauguração da coqueteleira que eu comprei para a BIG Casa. Galerinha reunida novamente para comprar os ingredientes para caipirinha, caipiruva e outros coquetéis inventados. E nessa ficamos até quase meia-noite nos divertindo com o nosso "novo brinquedinho". A coqueteleira pertence ao Eliézio, o nosso barman, mas o lugar dela é a BIG Casa.


Segunda-feira, 25/11/2002

Falando assim, parece que eu passei o fim de semana me embriagando. Mas não foi bem assim. Bebi pouco. Acordei tranqüila todos os dias e não tive as "viagens" que todo bêbado tem...

Confesso que há algumas festas atrás eu andava exagerando na bebida. Capotava, era carregada pelos amigos... E não tava nem aí: queria mais era beber.

Mas então, nesses 4 dias eu fui bem moderada. Não consumi nada no show de Quinta-feira, tomei só um copo de vinho e 2 doses de rum durante a noite toda de Sexta-feira coma galerinha da facul. E no Sábado, um drink com aquele licor azul numa concentração mínima e 3 caipiroskas de uva divididas meio a meio com o Jorge, durante um papo muito legal. E sim, no domingo passei um pouco da conta... Mas quem resiste àquelas caipirinhas do Eliézio? A gente vai tomando como se fosse suco de limão e quando menos percebe, está ébria...

Mas tudo em paz. Na Segunda-feira eu estava pronta para o dia. Somente um pouco resfriada, mas não sei se e nem como as caipirinhas têm relação com isso. Nada que um Naldecon tomado em conjunto com Benegripe não resolva fácil, fácil.

Vix! Isso ficou parecendo papo de alcoólatra anônimo, se orgulhando porque se controlou... Mas não é bem isso. A verdade é que minha forma de encarar as coisas está mudando... Melhor! Está se lapidando. Eu sinto que estou me tornando uma pessoa melhor. E minhas atitudes estão refletindo isso.

Que assim seja!

Então, para finalizar eu quero postar aqui uma música do Coda que eu aprendi de ouvir durante os shows, e com uma ajudinha por e-mail do autor da música. Leiam, interpretem e reflitam... Sobretudo as 1ª e 2ª estrofes. Elas andam se repetindo na minha mente de forma incansável.

AO MESTRE COM CARINHO
Jorge Luís - Coda

O tiro que nos acerta na guerra,
nem sempre vem do inimigo não,
por isso é bom tomar cuidado.

Estão nos servindo veneno o tempo todo
e quem tomou, não tomou enganado,
pois só bebe quem quer.

Tua beleza me conquistou,
tua ganância me destruiu,
de frente ao espelho já não sei quem sou.

E a falta de sentir falta,
hoje é a falta que me faz falta,
depois que tudo passou,
quando penso em você.

Somos o que pensamos,
o que dissemos,
onde estamos,
de onde viemos.

Somos as vezes o que bebemos,
mas quase sempre só o que temos.

E eu temo que seja só isso,
por hoje, a aula acabou.

Medo do futuro?

As coisas não estão indo bem como eu queria. Mas tá dando pra levar. Decididamente eu não sei ficar por muito tempo me lamentando pelas coisas como são. Ao invés de reclamar do meu "azar"por não chegar onde eu imaginava, sonhava, almejava, prefiro seguir na luta. Morrer tentando... Essa é a lei!

Eu não me contento quando sei que estou insatisfeita com alguma coisa em mim, na minha vida, quando percebo que, do jeito que tá só vai piorar se continuar no mesmo rumo.

Então aí eu mudo tudo (tento mudar), desfaço planos, sigo outras estradas, conheço novas pessoas, novos lugares, tento ver as coisas de um modo diferente. E essa tática vem dando certo desde que eu me entendo por gente.

Não é qualquer pessoa que decide que tem que ir embora de casa aos 16 anos, sai definitivamente aos 17, muda-se de cidade literalmente "com uma mão na frente e a outra atrás", antes de completar 18 e consegue se manter assim, independente, por mais 3 anos com tendência a evoluir, construir ainda mais.

Essa é a minha visão positivista da vida. Chamem de "jogo do contente" ou o que quiser. Mas eu chamo de meu estilo de vida. É assim que sou feliz. Quando penso que esta aqui sou eu e que todos os caminhos que tracei seguindo meu próprio instinto e coração (e um pouquinho, só um pouquinho de razão) me dá a segurança de que estou indo bem, apesar de qualquer pesar. E é nessa "metamorfose ambulante"que devo continuar.

Em suma: eu confio em mim mesma. Sei que as decisões que eu vou tomar serão baseadas no que eu achar que é melhor pra mim. E eu assumo as conseqüências dos riscos que eu correr.

Hehe. E pensar que esse post era pra falar do medo que eu tinha da incerteza que é o meu futuro neste momento. O título ia ser uma afirmação e não uma interrogação. Mas a dúvida é o preço da pureza e é inútil ter certeza.

Naturalmente o texto foi mudando aqui na minha mente e foi isso o que saiu. Me serviu de terapia falar assim tão bem de mim mesma.

Eu me orgulho de ser quem sou e não me troco por ninguém.

O futuro é incerto sim (e o que não é?). Mas eu vou até ele, só pra ver o que acontece com a vida quando a gente faz o que quer com ela.

Vamos lá, então: primeira estrela à direita, e rumo ao amanhecer.

Bjins,

Lediana.

Feriadão

O feriado foi indescritível:

Uma viagem inusitada. Galerinha nota 1.000! Muito Rock in Roll. E alegria!

Eu até pretendia fazer um BIG Relato (e talvez eu realmente faça). Mas agora, pra variar, não dá! :-(

Só sei que as coisas são muito boas quando são curtidas de maneira plena, esquecendo problemas, equilibrando o astral, sorrindo pra a vida que é tão boa de viver.

Impossível não dizer que sou feliz!!!!

Não há tempo para mais nada

Eram 18h10min da tarde/ noite deste Domingo quando comecei a escrever esse texto. Eu havia acabado de acordar depois de 15 horas de sono ininterrupto.

Mas isso foi algo necessário depois que eu passei 3 noites seguidas dormindo depois das três da manhã... E tendo que acordar normalmente no dia seguinte.

Aliás, ultimamente é só isso o que eu ando fazendo: realizando e descansando... Não estou tendo tempo para planejar, coisa que eu sempre gosto de fazer: planejar a curto, médio e longo prazo...

Minhas leituras, tive que abandonar mais uma vez. Meus poemas, mesmo em fase de plena inspiração, como aconteceu na semana passada, um surto, uma vontade de ficar escrevendo sobre um monte de coisas, poemas, contos... Era criatividade para uns 10 escritos sobre diferentes temas. Mas não dá pra escrever. A única coisa que saiu foi uma poesia lamentando toda essa situação na qual me encontro.

Algum dia esse texto vai estar no outro blog Letras Ledianas...

Mas eu entendo que, diante de tudo isso, há algo que preciso buscar: meu equilíbrio. Simplesmente não dá pra escolher entre um campo ou outro da minha vida. Não dá pra esquecer ou deixar em segundo plano coisas que têm tamanha importância: trabalho, casa, faculdade, namorado, amigos, descanso, lazer. E enquanto eu fico neste fogo cruzado, as coisas vão precisando de mim, das minhas escolhas e vão se acumulando. Acaba que nada é feito... Quer dizer, é feito sim, mas nunca como o planejado, se é que foi planejado. E isso me deixa bastante desconfortável porque me dá a impressão de que a vida está sem rumo...

É como eu li uma vez numa revista: "Para administrar bem o tempo você não precisa de um relógio, mas sim de uma bússola".

E enquanto isso eu vou vivendo, caindo e levantando. Aos trancos e barrancos.

Beijos e saudades para todos os amigos que andam por aqui. Eu não sumi, hein! Só estou tentando me encontrar!

Olha só!

O sistema de comentários voltou a funcionar nesse blog.

Se alguém tiver aê algum recado pra mim, é só mandar! :-)

Beijinhos,

O que aconteceu comigo desde o último post?

Do dia 16/10 pra cá tantas coisas aconteceram e realmente não deu muito tempo para contar aqui instataneamente. Hoje, quase três semanas depois, venho aqui tentar resumir esses dias para mim e para vocês.

Vamos ver de onde paramos... Ceará Music. Show dos Engenheiros do Hawaii. É. Foi muito bom mesmo. Mas a Sexta-feira só teve mesmo Engenheiros, um pouquinho de Titãs e Patu Fu de bom. Eu não gosto dos estilos das músicas de raimundos, Charlie Brown Jr., CPM 22... Queria mesmo ter visto RPM, Biquini Cavadão, que tocaram no Sábado. Aliás, Engenheiros deveriam ter tocado no Sábado, é o que eu acho.

Noite de 17/10. Fortaleza recebeu uma visita muito especial: Guga e toda a família vieram até a minha cidade (nem tanto minha, né? ;-)) numa viagem relâmpago... Coincidência escolherem exatamente Fortaleza? Não sei... Só sei que foi bom demais ter Guga aqui. Ele conviveu com um pouquinho de minha vida, hospedou-se na BIG Casa (como manda a tradição para qualquer viajante enghaw), foi num show da Coda, e também noutro show Engenharia Urbana. Conheceu a galerinha rockeira (toskeira?) de Fortaleza. Tomou chopp de vinho... E namoramos muuuito! ;-)

Mas ele foi embora tão de repente quanto veio. No Domingo, dia 20/10 já estavam todos de partida... E nos despedimos mais uma vez. A última vez, é o que queremos. O combinado é não termos mais que falar tchau. Né, meu queridinho?

E na segunda-feira, dia 21/10, a UFC teve o seu pseudo-início das aulas. De verdade, mesmo, elas começaram somente nessa semana agora. E essas duas primeiras semanas serviram apenas para reencontrar os amigos, fechar, ou não, as notas do semestre, prometer que nesse semestre tudo será diferente... E eu tranquei Álgebra Linear, finalmente! Temos agora um novo Professor e Física. Nussa! Esse já o 4º professor que vem nos ensinar nesse ano. E parece que cada um se esforça para ser pior que o outro... Vamos ver se pelo menos dá pra enrolar e não ter que me preocupar com esta disciplina :-/

E no trabalho. Não tá dando ainda pra definir o que está havendo. Já fazem quase exatamente um mês que estou lá. Já deu tempo de ter as minhas primeiras impressões... E o que posso dizer no momento é que ele ao menos me serviu para que eu tomasse a decisão definitiva de sair da Cemec, caso contrário ainda estaria lá sabe-se lá fazendo o quê. Gosto da empresa, das pessoas que estou conhecendo lá. Mas sinceramente ainda não me familiarizei muito com o trabalho... Mas isso são cenas dos próximos capítulos. Só o tempo irá dizer o caminho que vou trilhar nessa nova empresa...

E então? Estou perdoada por não ter escrito antes? Outubro foi mesmo um mês conturbado. E eu não poderia deixar de citar a base que me sustentou para que eu passasse por tudo sem nenhum tropeço ainda por enquanto. Aos meus grandes amigos que me ouviram, me abraçaram, e outros que apenas puderam me ler... Recebam o meu "muitíssimo obrigada!" O que seria de mim sem pessoas tão maravilhosas do lado? Não dá para citar nomes senão eu passaria a noite inteira digitando-os aqui no blog. Vocês sabem que é exatamente de vocês que estou falando :-)

No mais... É bola pra frente. Novembro chegou e daqui a pouco é Reveillon! A gente não vai nem perceber... 2003 batendo na porta e perguntando: "o que fizeste com os talentos que Deus te enviou?" (parafraseando Paulo Coelho, do livro Às Margens do Rio Piedras eu Sentei e Chorei)

Paz e amor para todos!