terça-feira, novembro 26, 2002

UM DIA APÓS O OUTRO

Quinta-feira, 21/11/2002

Uma semana antes, eu estava me desculpando com o pessoal do Coda, dizendo que o show para onde eu estava indo naquele dia era como uma despedida, pois eu não pretendia mais ir a show deles durante a semana útil, para tentar priorizar outras coisas e não ficar deixando sono se acumular.

Mas nem eu mesmo sabia que um show dos meninos seria tão irresistível para mim. Não apenas pelo show, claro. Mas pelo prazer da companhia dos amigos, uma boa conversa e boas risadas também... Então lá estava eu na Boutique do Carro curtindo mais um show da minha banda cearense favorita.

E, durante o show, uma longa conversa entre eu e meu grande amigo Eliézio atou mais um laço em nossa amizade que está se tornando cada vez mais firme e sólida. Eu tenho orgulho pela honra e privilégio de ser amiga desse cara!


Sexta-feira, 22/11/2002

Uma noite como manda o figurino: uma aula bem light de Introdução à Engenharia com o único professor que se salva dentre o time que nos ensina. Chega dá gosto de prestar atenção. Logo depois uma calourada rolando ali mesmo no Campus.

Aula de Física? Oras! O próprio professor liberou a turma e ainda vimos ele lá pela calourada curtindo a festa também. Galerinha da minha sala toda reunida (como era de se esperar) curtindo o som da festa e umas bebidas. Mas um senso comum pairava na mente de todos: "festa melhor seria na BIG Casa..." Eu, como anfitriã, fiz o convite e lá fomos nós.

Um programinha básico de Sexta-feira à noite: conversar sobre a vida, nos conhecendo melhor e irmos nos tornando amigos um do outro. Eram essas as intenções daquela noite e nada decepcionou.

E para completar, depois que todos se foram, eu encontrei com o Guga na internet e o nosso papo se estendeu madrugada adentro. Fazia tempo que isso não acontecia. Sempre estávamos tendo que desconectar "cedo" por causa do sono ou mesmo somente a precisão de ir dormir, mesmo sem sono. Mas naquela noite, nós novamente conversamos por horas e horas e horas. Foi bom demais tê-lo comigo dividindo a madrugada.


Sábado, 23/11/2002

De manhã eu deveria ter ido trabalhar, mas antes disso, precisava ir ao Centro comprar um material para um trabalho que estou desenvolvendo na empresa. E minha procura demorou mais do que o planejado, e não deu tempo de voltar pela empresa. Então aproveitei para comprar outras coisinhas para mim e para a casa. Eu e minha irmã fazendo compras pelo Centro de Fortaleza. Sábado é dia disso mesmo: fazer compras de manhã, descansar à tarde e cair na balada à noite.

E Coda estava tocando no Armazém 47, lá na Praia de Iracema. O show era homenagem a Elvis Presley e Renato Russo (a única coisa em comum entre ambos, além do Rock in Roll, é o fato de estarem mortos). E fomos nós, mó galerinha, dançar na boate.

Sempre é bom rever as meninas: Adriana (que eu morro de saudades de encontrá-la todos os dias na Cemec), Jack, Regina, Nayra. Rever os meninos: Alexandre, Marcelo, Ivanildo, Jorge, Eliézio...

Antes de começar, logo que entramos na boate, recebemos óculos estilo Ray-ban (é assim que se escreve?) para entrar no clima do Elvis... E o show dele foi hilário. Muito bom pra dançar, pra curtir, pra esquecer do tempo e do espaço.

E o Coda também fez o show típico de boate. Bom pra gritar, cantar e se identificar com as músicas da Legião Urbana.

E um recado especial para o meu amigo Jorge: Obrigada pelos papos altamente cabeça antes, durante e depois dos shows regados à caipiroska de uva deliciosa do Armazém 47.

Chegamos em casa já era dia claro. E o que se tinha de fazer era apertar o botão "desligar" e ir dormir.


Domingo, 24/11/2002

Inauguração da coqueteleira que eu comprei para a BIG Casa. Galerinha reunida novamente para comprar os ingredientes para caipirinha, caipiruva e outros coquetéis inventados. E nessa ficamos até quase meia-noite nos divertindo com o nosso "novo brinquedinho". A coqueteleira pertence ao Eliézio, o nosso barman, mas o lugar dela é a BIG Casa.


Segunda-feira, 25/11/2002

Falando assim, parece que eu passei o fim de semana me embriagando. Mas não foi bem assim. Bebi pouco. Acordei tranqüila todos os dias e não tive as "viagens" que todo bêbado tem...

Confesso que há algumas festas atrás eu andava exagerando na bebida. Capotava, era carregada pelos amigos... E não tava nem aí: queria mais era beber.

Mas então, nesses 4 dias eu fui bem moderada. Não consumi nada no show de Quinta-feira, tomei só um copo de vinho e 2 doses de rum durante a noite toda de Sexta-feira coma galerinha da facul. E no Sábado, um drink com aquele licor azul numa concentração mínima e 3 caipiroskas de uva divididas meio a meio com o Jorge, durante um papo muito legal. E sim, no domingo passei um pouco da conta... Mas quem resiste àquelas caipirinhas do Eliézio? A gente vai tomando como se fosse suco de limão e quando menos percebe, está ébria...

Mas tudo em paz. Na Segunda-feira eu estava pronta para o dia. Somente um pouco resfriada, mas não sei se e nem como as caipirinhas têm relação com isso. Nada que um Naldecon tomado em conjunto com Benegripe não resolva fácil, fácil.

Vix! Isso ficou parecendo papo de alcoólatra anônimo, se orgulhando porque se controlou... Mas não é bem isso. A verdade é que minha forma de encarar as coisas está mudando... Melhor! Está se lapidando. Eu sinto que estou me tornando uma pessoa melhor. E minhas atitudes estão refletindo isso.

Que assim seja!

Então, para finalizar eu quero postar aqui uma música do Coda que eu aprendi de ouvir durante os shows, e com uma ajudinha por e-mail do autor da música. Leiam, interpretem e reflitam... Sobretudo as 1ª e 2ª estrofes. Elas andam se repetindo na minha mente de forma incansável.

AO MESTRE COM CARINHO
Jorge Luís - Coda

O tiro que nos acerta na guerra,
nem sempre vem do inimigo não,
por isso é bom tomar cuidado.

Estão nos servindo veneno o tempo todo
e quem tomou, não tomou enganado,
pois só bebe quem quer.

Tua beleza me conquistou,
tua ganância me destruiu,
de frente ao espelho já não sei quem sou.

E a falta de sentir falta,
hoje é a falta que me faz falta,
depois que tudo passou,
quando penso em você.

Somos o que pensamos,
o que dissemos,
onde estamos,
de onde viemos.

Somos as vezes o que bebemos,
mas quase sempre só o que temos.

E eu temo que seja só isso,
por hoje, a aula acabou.