quinta-feira, março 20, 2003

Continuando...

Opa! Amigos! Me desculpem por demorar tanto em continuar esta história. Uma série de imprevistos me impossibilitaram de conectar à internet e só hoje pude postar. O texto já tava pronto. Portanto mando o meio e o fim desta "saga" agora mesmo.

Bem, então... Onde estávamos? Eu pensava que não iria poder fazer a AF de Matemática, mas recebi um telefonema de minha irmã dizendo que não só eu, mas todos os alunos iriam ter o direito de fazer a AF...

Divirtam-se e boa leitura :-)

Bjins!!


Tudo no fim dá certo - Parte 2

It's Now or Never!


Eu até que suspeitava disso, mas ao mesmo tempo, não sabia se a professora era capaz de dar essa oportunidade para os alunos. Mas bem... No fim, tudo deu certo e lá estava eu apta a fazer a prova decisiva. Eu e minha irmã ficamos madrugada adentro estudando. E eu dormi às quatro da manhã literalmente sobre os livros em pleno dia de meu aniversário...

A quinta-feira que se iniciava era o grande dia! A prova estava marcada para às 18h30, mas se chocava com o horário de outra prova de outra disciplina. Então recebi pelo telefone a notícia de que a hora certa da prova seria às 20h30min. Ótimo! Assim eu poderia ir tranquila para a prova, sem me preocupar muito em estar atrasada, saindo do trabalho às pressas, como em outros dias.

Até decidi ficar mais um pouco além do expediente estudando no escritório. E calmamente às seis da tarde eu me aprontei para ir à Universidade.

Para ir até lá eu preciso pegar 2 ônibus: um até a Avenida 13 de Maio (bastante conhecida em Fortaleza por seus engarrafamentos nos horários de pique); e outro que sai de lá direto para o Campus do Pici.

Eram 18h15min e eu estava no ponto da 13 de Maio já esperando o ônibus para ir à Universidade quando recebo uma mensagem de um colega de classe no celular dizendo que a prova seria mesmo às 18h30... Poutz!! E eu nem havia estudado tudo! Nem tinha preparado os "lembretes", estava contando com essas últimas 2 horas... Sem falar no imenso engarrafamento que eu teria pela frente naquela avenida. Não chegaria lá antes das 19h!!

E o meu ônibus não passava de jeito algum! Esperei, esperei, esperei. Pelo menos enquanto esperava fui dando uma lida no conteúdo e anotando alguns "lembretes" indecoráveis para a bendita prova.

Até que veio um ônibus imensamente lotado, no qual eu entrei sem medo. E fiquei ali na parte de traz esperando uma vaga para poder passar na roleta e me acomodar melhor.

E no comecinho ainda da viagem, quem liga pra mim é a minha irmã pensando que eu havia desistido de fazer a prova. Diante da minha negação ela foi dizendo que já estava todo mundo na sala. Eu devia chegar logo senão perderia de fato o direito de fazer a prova.

E rapidamente fiz os cálculos. Pelo engarrafamento que estava na rua, não haveria a mínima condição de eu continuar naquele ônibus, se a minha intenção era a de fazer a prova. E olhando para dentro do ônibus, pela lotação em que se encontrava, não haveria a mínima condição de passar na roleta e ir caminhando até a porta de saída, se minha intenção era a de descer... O que fazer?

- Trocador, sinto muito! Preciso descer e não vou passar por todo esse povo! - eu falei já entregando as moedinhas de minha passagem.

- Pode descer, não precisa pagar... - ele disse. Acho que deve ter percebido as minhas palavras com minha irmã no telefone, e percebido a minha urgência...

Desci e tomei um moto-táxi, Ainda bem que passou rapidamente! E rapidamente também cheguei na sala de aula... Fui a última a receber a prova e teria um tempo limitado para concluí-la, mas era Agora ou Nunca!


Tudo no fim dá certo - Parte 3

O Resultado


Que coisa boa fazer uma prova a qual você entende e domina o conteúdo. "Porque não estudei tudo isso antes", eu pensava. As questões se tornaram tão fáceis, de repente. Seria ótimo se eu tivesse conseguido chegar àquela facilidade antes da AF. Fui fazendo uma por uma as cinco questões da prova e mesmo com o pouco tempo que tive, nem fui a última a entregar.

Depois de entregar a prova, relaxei. Eu precisava de um 7,0 (Normalmente um aluno vai para a AF precisando de 6,0 ou menos par apoder atingir à média 5,0. Mas a professora havia dado essa condição: tirar mais do que 6,0, aos alunos que ela permitiu fazer a final sem que eles tivessem o direito.). E eu tinha consciência de que acertara quatro das cinco questões. 8,0 pontos garantidos! "Passei!!" pensei imediatamente...

Mas ao sair da sala e conferir minhas respostas com os outros colegas, percebi que havia cometido um erro bobo: dividi 3 por 2, confundi os números e pensei que o 3 era o 2, ou o 2 era 3 e fiz o resultado final sair igual a 1... Poutz! Acertei tudo, menos a resposta final da questão...

Eram 6,0 pontos garantidos e uma dúvida quanto a tal questão azarada. A professora consideraria todo o trabalho feito na questão sendo que eu havia errado somente a última conta?

Foi uma longa espera até a professora divulgar as notas de todos os alunos... Ainda havia alunos fazendo prova mas ela já havia corrigido algumas provas e tinha já em mãos o resultados. Alguns ficaram desolados diante da reprovação inevitável, outros já esperavam e apenas constataram... Outros ficaram hiper felizes com a certeza da aprovação...

- E eu? Professora?

- Lediana... 6,0.

- 6,0. É bom? Passei??

Diante do silêncio da professora, eu não sabia o que dizer... Sequer sabia se iria ser aprovada ou não...

- Professora...

- Aguarde, Lediana. Quero conversar com você quando todos acabarem...

- Mas professora, foi um errinho bobo, coisa de primeiro grau, conta de tabuada...

- Isso mesmo, menina! Você já está na faculdade e erra uma divisão boba???

Eita... Ela estava certa. Mas, pensando friamente, claro que eu não errei, foi apenas uma desatenção... Mas a professora aproveitou o momento para me dá um longo sermão sobre a importância do estudo, do exercício e da atenção...

E falou, falou... Mas não disse se eu havia sido aprovada ou não...

E finalmente quando todos os alunos haviam entregue a prova, e só restavam nos corredores a professora, minha irmã e eu. Me senti na obrigação de perguntar, já que eu ainda não sabia:

- Professora, afinal... Eu passei ou reprovei??

Ela hesitou um pouco antes de responder. Era como se estivesse decidindo ali naquele instante.

- Bem, Lediana. Vou colocar a média 5,0 para você. Mas estou preocupada...

Nem ouvi mais o que ela tinha a dizer. Mas falou algo com relação ao próximo período letivo, em que eu precisaria das informações aprendidas neste primeiro ano e estava demonstrando não estar apta utilizar tudo o que foi aprendido...

Mas o que importava naquele momento era que eu havia passado. E ponto final.


Tudo no fim dá certo - Parte 4

Epílogo


Yeahhhhhhhhh!!!

Claro que eu admito que vacilei totalmente com Matemática na Universidade. Sei que terei muita dificuldade na continuação do curso já que eu estou deficiente nessa disciplina. Mas ainda bem que estou tendo a oportunidade de não precisar ver tudo novamente. Poderei estudar sozinha em casa quando sentir a dificuldade. Não sujei meu curriculum com uma reprovação e não atrasei meu curso...

Agora é guardar a lição e levar mais a sério essa Universidade. Creio que não terei mais uma chance tão premiada quanto essa...

Até mais, e... Estudem, garotos e garotas!!

Bejins,