segunda-feira, dezembro 30, 2002

Tá chegando!

2002 já está acenando querendo ir embora. E eu ainda estou devendo uma retrospectiva dele. Mas também, de um cyber caffe não dá mesmo para criar um texto que eu passaria uma noite inteira escrevendo. Não por demorar a ter inspiração ou por lerdeza na hora de passar as idéias pro papel. Mas sim porque cada momento vivido por mim em 2002 teve sua singularidade e a cada mês que eu escrevesse eu reviveria tudo aquilo na memória. E teria que parar para enxugar as lágrimas ou para sorrir de tão satisfeita que fiquei em alguns momentos.

Então por tudo isso, só estando sozinha, tranqüila e disposta a escrever do início ao fim é que poderei realizar este texto.

Enquanto isso, mando aqui, o relato oficial do Último Encontro Enghaw Nordeste de 2002, realizado nos dias 21 e 22 de Dezembro deste ano aqui em Natal.


Retirado do Site #enghawnet

Os outros Encontros Enghaws não, mas esse... foi CHÓ LÓ LÓ LÓ LÓ

Por Carlos Eduardo, Lediana, Maíra e André.
Com colaboração das mensagens circuladas na nossa Lista e conversas durante a semana (hehehe).

Saímos de nossas cidades com destino a Natal. Bela cidade com suas belas praias. Toda a galera se mobilizou para esse que foi para muitos o nosso melhor Encontro EngHawNordeste. Reencontramos os amigos e fizemos novos, da melhor maneira que pode acontecer: com muito amor e muito carinho.

A VIAGEM

Enquanto que na noite de sexta para o sábado, a galera de João Pessoa e Recife arrumavam suas malas para a viagem, David e Lediana, de Fortaleza, já embarcavam para a longa viagem - que teve seu atraso, devido ao pneu do ônibus que furou durante a madrugada. Na manhã de sábado na rodoviária de Jampa estavam Igor, Eduardo e Rose aguardando Maíra e Bruno Belo no desembarque do ônibus que viera de Recife. Depois dos beijos e abraços de costume nos reencontros, chegaram Segundo e em seguida Anna e Marcus (markin-man) com as camisas da lista confeccionadas. Anna e Marcus foram à frente no ônibus as 9h30, pois compraram as passagens no dia anterior, enquanto o restante do pessoal ficou para pegar o ônibus seguinte, de 11h30. Enquanto isso, Bruno queria comer, segundo ele, "a melhor coxinha" na rodoviária (ô cabra valente!). E ficaram lá, batendo papo, brincando, rindo e jogando porrinha valendo um "piteleco" no zuvido.

O P.F. E O TELEFONE SEM FIO

Surpresa na rodiviária de Natal: Anna, Marquinhos, Lediana e David chegaram quase na mesma hora e juntos aguardavam a chegada de Daniel, que os iria levar a casa de Íris, onde ocorreu o nosso último encontro de Natal, em agosto. A última caravana (HÁ HÁEEEEE, SILVIO) desceu na Passarela de Neópolis, onde lá estavam Cláudia Fofa e Daniel para pegar a galera e levar também para a casa de Íris. E lá foi onde a galera pela primeira vez ficou completa: De Natal: Iris, Daniel e Armando; de Fortaleza: Lediana e David; de Jampa: Eduardo, André, Anna, Markin-man, Igor, Rose e Segundo; e de Recife: Maira e Bruno. Depois dos cumprimentos, fomos ao PF lá próximo, onde havia diversas pingas com uns nomes estranhos: NA BUNDA, PAU DURO, DIZ QUE AMA PORRA e por aí vai. Ninguém resolveu levar NA BUNDA, mas tudo bem. O destaque do PF ficou com Brunodando uma de garçom interessado nos 10%, Armando capturanto imagens toscas com sua máquina fotográfica, iniciando com os "piores momentos" e rolou também um telefone sem fio, que começou com a frase "Demoremo, demoremo mas até quem enfim cheguemo" e terminou com uma frase que não seria legal falar aqui.

MOMENTO DEPRÊ

De volta a casa de Íris, onde ela serviu para a galera uma deliciosa sobremesa, conversamos e conversamos, relembrando histórias dos nossos encontros de 2002 com o CD de Bruno rolando em background com Roberto Carlos com várias músicas clássicas. Várias não, mas aquela... aquela que tem no álbum que tem a foto dele na capa, com o fundo azul... tá ligado?! Poisé, aquela mesma. Depois rolou Radiohead, onde a deprê reinou por completo. Eduardo Tooms, Bruno e Armando entraram na fase alpha da deprê, que terminou com Coldplay.

NEM

No final da tarde todos rumaram para a Nova Parnamerim, que é também conhecida como NEM - nem Natal nem Parnamerim. Lá, na casa do nosso amigo Daniel, é onde rolou todo o agito que só quem já participou dos nossos encontros sabe como é. Na casa, fomos recebidos por Tio Chico, pai de Daniel, que é show de bola (eu só gostaria de vê-lo sóbrio uma vez para saber como seria...). André chegou e queria logo ver o teclado que iria tocar as baladas enghaws, mas foi decepcionado quando viu um teclado que não tinha nem dois palmos de tamanho, com as notas musicais marcadas em cada tecla. Mas foi só brincadeira, porque lá dentro estava o teclado profissional para animar a nossa festa.

A FESTA

O tempo foi passando e a noite chegando. Aos poucos, cada um vestiu a sua camisa oficial e o que estava por vir foi só alegria alegria (HÁ HÁEEEEE, SILVIO). Todos beberam, conversaram, se apresentaram, se conheceram, cantaram, contaram ou ouviram piadas, dançaram e pularam. Dois garrafões de vinho foram degustados durante a noite sem provocar efeitos colaterais, salvo com o nosso amigo Rodrigo "Nicolas Cage", que não foi muito feliz com a bebida e acabamos descobrindo o que ele comeu no almoço, que segundo Armando, tinha jujuba no meio.

Enfim, havia vinho, cerveja, churrasquinho e amendoim para servir a galera. O som dos Engenheiros do Hawaii predominou em 100% da festa. André arrepiava no teclado, a galerinha pedia uma canção atras da outra. Outros assumiam os violões e na falta do microfone, a garganta tava bem afiada pra cantar de tudo! Depois, um break para os músicos poderem também beber e comer. Mas as musicas enghaws permaneciam no som mecânico. E a noite foi rolando nesse clima. Com o passar do tempo as bebidas foram fazendo efeito... Alguém viu a lua cheia no céu e foram lah pra fora uivar pra ela enquanto o nobre vinho era consumido. Depois algum motivo especial fez com que uma champagne fosse aberta e brindada por todos. De repente, todos juntos se abraçavam e dançavam as musicas pulando e cantando. Alegria! Muita alegria!!!

DOIS PONTOS

Enquanto a bebedeira e altos papos rolavam, na cozinha, Marquin-man lavava alguns copos e André foi ajudá-lo no trabalho árduo. Má idéia. André acabou se cortando na mão e ficou extremamente nervoso. "Cara, vamos pra um hospital. Eu tô ficando pálido. Perdi quase todo o meu sangue. Cara, EU VOU MORRER! EU NÃO QUERO MORRER!" Depois de muita insistência, André acabou sendo levado por Diogo a uma farmácia, onde lá o farmaceutico recomendou um hospital. No hospital, quando André foi levar os pontos, Iris e Anna - que estavam com ele - foram convidadas a sair da sala. Quando André segurou Anna pelo braço e falou "Ela fica". Tadim do minininhu. bilu bilu. Saldo: Dois pontos de sutura e a animação de volta.

THE DAY AFTER

Aos poucos, o astro rei começava a iluminar novamente o céu de Natal (infelizmente, inevitável). Alguns foram dormir, outros foram tentar dormir e alguns outros não dormiram. Estes pregavam peças nos que dormiam feito múmias atirando gelo e melando as caras de pasta dental. Momento que foi devidamente registrado pela máquina de Armando, que continuava colecionando momentos trashes. Outra champagne foi aberta para bridar o sol que também queria participar do nosso encontro. Tio Chico acordou e tomou um susto quando viu Igor dormindo na rede. O minino estava todo camuflado de pasta de dente e com um espetinho na mão. A convite do Tio Chico, alguns foram a um barzinho tomar mais algumas cervejas e a jogar sinuca. Detalhe: ainda sem tomar café.

MARKIN-MAN

Não há nada que espere do domingo: Alguns de ressaca, outros cansados, o calor. Ô morgação... Se não fosse o nosso comédia: Markin-man. Markin virou nossa atração principal durante horas, contando suas piadas clássicas e surgindo com novas. Todos riram da curvinha ("procurando diversão?"), do gato ("FFFFFFF..."), do nadador cotoco ("quem colocou essa touca em mim?"), do Silvio ("Qualé a música, maestro?"), do Lombarde ("HÁ HÁEEEEE, SILVIO. Ela vai com a Graneiro"), com o Bóris ("O cantor LÉonardo..."), com o Cid Moreira ("E agora Mister M - Mágico dos mágicos?"), com o Globo Repórter ("Você vai ver hoje no Globo Repórter: Amazônia"), do matuto da farmácia ("É quatrocen-eita porra! Tomamo tudo no centro do c*") e várias outras, sempre com direito a vinhetas e melodias que incrementavam ainda mais e melhor o seu show. Nós paramos tudo para vê-lo nos fazer sorrir e dar altas gargalhadas até as bochechas doerem!

AMIGO SECRETO ENGHAW

O tempo passando, a tarde se aproximando. Era chegada a hora do Amigo Secreto Enghaw. Dicas para alguém tentar descobrir o seu amigo secreto surgiram dias antes: "Meu amigo secreto tem um @ no email", "meu amigo secreto é fã de Engenheiros", "meu amigo secreto é do Nordeste"... Presentes muito legais foram entregues e recebidos. Começando por Markin-man que deu um chapeu escrito "Natal-RN" apra aquela que se apaixonou pela cidade: Lediana. Esta deu a André uma camiseta Surfando Karmas & DNA feita por Eliézio. André presenteou Íris com um CD do Hangar 18 e Íris devolveu a Armando um dos 42 CDs dele que foram seqüestrados por ela. Armando deu a David uma cueca samba-canção de tamanho totalmente apropriado e David entregou a Igor o CD "Golpes Baixos Enghaws" que os dois desenvolveram. Igor entregou uma obra de arte com o desenho do Humberto para Maira. E Maira oficializou a ordem e a moral daquele encontro, entregando para Duda um crachá escrito "Puliça Tooms" e lhe deu também um cd com raridades enghaws retiradas do nosso ftp. Duda prestigiou Cláudia com uma camisa bordada com uma frase que também oficializava quem era "a mais fofa de todas" ali presente. Cláudia deu o presente mais oportuno para Bruno Belo: um microfone para que ele possa espalhar sua voz agora cada vez mais longe. Bruno entregou a Daniel outro CD de raridades enghaws retirados do ftp. CD este que nem eh mais raridade de tanto que jah foi ouvido aqui em Natal. Daniel deu um porta-retrato para Anna que prometeu que vai colocar nele a foto oficial desse encontro. E, para fechar, Anna presenteou seu próprio irmão, Markin, com o minúsculo chaveirinho em forma de guitarra. A cara dele, segundo a irmã. Para alguns, este foi o melhor amigo secreto que já participou. Principalmente para Bruno. "Pô cara... esse amigo secreto, assim... vai ficar pra história bicho...foi uma coisa assim...muito massa..."

Bruno... Markin tá perguntando se tu comeu cocô quando era criança.

Antes de dar por encerrado o Amigo Secreto. A sede do primeiro encontro enghawnordeste de 2003 foi escolhida. Fortaleza por unanimidade! Esperamos que o primeiro encontro de 2003 seja ainda melhor, apesar da difícil tarefa. Mas sempre é melhor. Quem viver, verá.

A VAN

E, como nada eh para sempre. Os primeiros enghaws precisavam jah ir embora naquele mesmo Domingo. Algumas malas jah estavam arrumadas. Eram Duda, Anna, Markim, Segundo e Rose que precisavam partir para iniciarem bem na Segunda-feira normal. E todos foram deixa-los na rodoviária. O tempo ia passando e os amigos corriam o risco de perder o ônibus (o que não seria má idéia). Mas eis que surge uma van e o motorista nos vê ali parados esperando qualquer condução:

- Vão para onde?
- Para a rodoviária!
- Todos vocês?
- Sim!
- Subam ae!

E todos embarcaram na van e a preocupação de perder o ônibus deu lugar a mais uma festa, com todos cantando axé - isso mesmo: axé - e mais alegria de fazer um último agito com toda a galera unida. Armando tirando mais algumas fotos e Bruno na janela batendo palmas para a cidade foi demais.

- Valeu ae, Motorista!

A 1ª DESPEDIDA

Chegando na rodoviária, enquanto uns que iriam viajar no dia seguinte foram comprar as passagens antecipadamente, outros foram fazer um lanchinho básico na lanchonete. Lá surgiu uma figura (uma senhora doidinha) que segurou na manga da camisa de Armando e seguia o cara para onde ele fosse. Não conseguindo nada, a doidinha notou Markin-man no balcão e pôs a mão no seu ombro e deu um beijinho nas suas costas (Markin conseguiu o e-mail dela). André também ganhou um carinho da nossa nova amiga antes de ela ir embora.

E o ônibus havia chegado para levar a primeira galera a sua cidade natal: João Pessoa. Eduardo, Rose, Segundo, Anna e Markin-man tinham que ir. A despedida foi tão longa, com tantos beijos e abraços que quase o ônibus ia embora sem eles. A galera agor estava desfalcada.

CHÓ LÓ LÓ LÓ LÓ LÓ LÓ LÓ

Relembrando cada momento dos dois dias de encontro, os que ficaram foram comer o cachorro quente mais bem falado da cidade e depois só restava ir pra casa dormir. O tio Chico acabou levando a chave da casa e o povo ficou trancado do lado de fora. Quando o "conselho deliberativo", através de seu porta-voz Armando, pediu uma previsão dos acontecimentos (Ficaríamos mesmo do lado de fora?), Daniel, David e André foram lá na Zona Norte buscar a chave. Enquanto isso, na falta do que fazer, inventamos o Chó ló ló. O jogo era cantar musicas enghaws na língua Chó ló ló. Uma atrás da outra e Íris acertando todas! Onde foi que essa menina aprendeu essa língua? Tem que nos ensinar, hein, guria?

Depois de duas horas do lado de fora. A chave finalmente chegou e permitiu que todos se acomodassem melhor. Cada um foi para a sua cama, rede ou que achasse melhor.

A 2ª DESPEDIDA:

O Sol surge novamente e já é segunda. Outra turma tinha de ir neste dia: Maíra, Igor, Andé e Bruno iam pegar o ônibus para João Pessoa ainda pela manhã. Mais fotos foram tiradas para registrar os momentos finais do encontro e em seguida Daniel foi deixa-los na rodoviária. A casa vazia, silenciosa, tranqüila ainda respirava a alegria dos dois dias antecedentes. No fim, ficaram Lediana, David, Armando, Íris e Daniel. Os cearences ficaram na cidade para curtir o reveillón e curtindo essa cidade linda e atando ainda mais os laços de amizade que os une.

E assim, meio sem fim, terminou o ultimo encontro enghawnordeste de 2002.

Eh como diz o poeta:

"... Essa eh Natal, ninguém se dah muito mal como dizem pessoas, quase sem se sentir..."

De fato: quase sem se sentir, cada um de nós se deu muito bem nesse encontro em Natal... Amizade, alegria, felicidade, magia, emoção... Tudo isso formou um elo que nos uniu de tal forma que não precisávamos de mais nada, a não ser de nós mesmos e daquilo que somos um para o outro: irmãos!

Que venha em paz o ano que vem. Que venha em paz o que o futuro trouxer. Fortaleza está de braços abertos para todos. Este fim de semana foi o melhor de 2002. Só nós todos juntos somos capazes de fazer esse bem a nós mesmos. Estamos de parabéns!